Muitos brasileiros deixam de pagar um seguro residencial imaginando que nunca vão usá-lo. Pode ser que, realmente, nenhum incidente ocorra em casa, mas ter o imóvel protegido garante tranquilidade ao segurado. Engana-se quem pensa que uma apólice é muito cara: para contratar uma cobertura básica, não será preciso desembolsar mais do que R$ 300. As seguradoras oferecem, ainda, serviços gratuitos, como consertos e reparos, que fazem com que o seguro fique ainda mais em conta.
O seguro residencial básico cobre danos causados por incêndio, raio e explosão, levando em conta o valor de reconstrução do imóvel. O franqueado da Seguralta em Belo Horizonte Marcos Paulo Franco Duarte recomenda incluir coberturas adicionais para contemplar outros riscos. Como a violência é uma das grandes preocupações nos centros urbanos, é comum contratar a de subtração de bens, que prevê indenização em caso de objetos roubados ou furtados dentro da residência, além de prejuízos provocados pela ação do criminoso, como uma fechadura quebrada. “Temos que analisar o perfil dos moradores da residência e ver quais são as necessidades, mas só o cliente vai saber o valor da cobertura. O corretor não pode colocar preço nos pertences, porque muitas coisas são de valor pessoal”, informa.
Entre as coberturas mais contratadas está a de dano elétrico, que abrange estragos causados por curto-circuito, sobrecarga na rede de distribuição ou queda de raio em todos os equipamentos da casa, mesmo que estejam dentro da garantia. Janela, fachada do prédio, espelho e até o box do banheiro podem ser protegidos com a inclusão da quebra de vidro, que garante ressarcimento depois de uma chuva de granizo ou ação de vândalos, por exemplo. Além disso, a cobertura de responsabilidade civil familiar cobre danos a terceiros provocados pelo segurado e outros moradores da casa, animal de estimação ou empregado. Ou seja, a visita que cair da escada e o carteiro que for mordido pelo cachorro têm assistência garantida. Já o cliente que adiciona perda ou pagamento de aluguel recebe um valor para se mudar quando não há condição de permanecer em seu imóvel por alguma eventualidade, até que a reforma seja concluída.
Em geral, as coberturas não variam de seguradora para seguradora. Duarte informa que a diferença está nos serviços que elas oferecem, gratuitos e contratados, para dar mais comodidade aos clientes. Limpeza de caixa de gordura, reparo hidráulico e elétrico, vidraceiro e suporte de TV estão entre os benefícios a que os segurados podem ter direito. “As pessoas precisam aprender a usar os serviços, que fazem o seguro ficar mais barato. Para limpar a caixa de gordura, por exemplo, você não vai pagar menos de R$ 100. Usando mais um serviço, já vai compensar o valor pago pela apólice”, avalia.
PLANOS
A HDI Seguros inclui, no valor da apólice, uma série de serviços, que estão à disposição dos clientes sem custo adicional. O segurado pode solicitar por três dias um vigilante para proteger seu imóvel quando estiver sem condição de segurança (depois de um arrombamento, por exemplo), retirada de entulho com caçamba, assistência funeral, help desk em caso de dúvida ao usar computador, smartphone ou tablet, entre outros serviços. “O cliente tem a oportunidade de fazer uso do nosso serviço, não necessariamente quando ocorre um evento problemático, mas no dia a dia. Isso faz com o seguro fique mais tangível para ele”, comenta o superintendente de seguros patrimoniais Alexandre Mandaji. Por outro lado, a empresa aproveita para mostrar seu trabalho e ficar mais próxima dos seus clientes.
Maria Adélia da Costa diz que, com o seguro, resolveu problemas em tempo recorde, sem pagar nada a mais
A taxa paga anualmente varia de acordo com as coberturas e serviços contratados, mas, normalmente, não representa um grande gasto, quando se compara com o valor do patrimônio. O plano mais básico custa, em média, R$ 200. Mandaji informa que as seguradoras levam em consideração a frequência de sinistro e perdas na região onde está o imóvel. “Quando você conquista uma casa ou financia um apartamento, não vai querer colocar em jogo seu patrimônio”, pontua o superintendente da HDI Seguros. Para se ter ideia, um seguro residencial custa em torno de um quarto do seguro de um automóvel, sendo que o valor do imóvel pode ser quatro vezes maior.
Desde quando adquiriu casa própria, há seis anos, a servidora pública Maria Adélia da Costa paga um seguro residencial. “Minha casa tem sistema de segurança, mas o seguro me dá mais tranquilidade para viajar”, diz a moradora do Bairro Castelo. Maria Adélia acionou duas vezes o seguro e destaca que resolveu os problemas em tempo recorde, sem pagar nada a mais. Ela já recebeu de volta o valor de uma TV e de um aparelho de DVD furtados e solicitou o conserto da máquina de lavar roupas.
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